Charles Pierce
Charles Pierce
"Defino um signo como qualquer coisa que, de um lado, é assim determinado por um objeto e, de outro, assim determina uma ideia na mente de uma pessoa, esta última determinação, que denomino a interpretante do signo, e desse modo, mediante determina por aquele Objeto. Um signo, assim, tem uma relação triádica com seu objeto com seu interpretante (PIERCE, p.8.343)"
Ou seja, Signo seria a manifestação fenomenológica que serve como combustível para ativar o pensamento se tornando a categoria do sentimento imediato e presente das ideias criadas. Com o Interpretante o campo das ideias entra em atividade junto a nossa interpretação da forma do pensar do individuo na cultura e no seu cotidiano Com isso, o Interpretante atua na fusca por atribuições no Signo Já o Objeto é a informação que foi atribuída a ideia
Sendo assim, Pierce se baseia na ideia da tríade dos signos, tendo a visão que todo pensamento é um signo até mesmo a ideia do próprio homem. Essa triangulação se sustenta da seguinte forma: Signo, Interpretante e Objeto.
Concepção de Signo – Charles Charles Pierce
Na concepção de Pierce, há cerca de três tipos de Signos: Ícone, Símbolo e Índice.
Ícone
Se assemelha a um produto de forma direta ao real sem a necessidade de fazer abstrações para seu entendimento como por exemplo a fotografa.
Símbolo
Tipo de Signo do qual se relaciona ao produto final por meio de associações convencionais tais qual uma convenção cultural, como por exemplo, a Escrita.
Índice
Está ligado ao produto no qual compartilham alguma propriedade, sendo apenas um indicador de que há algo relacionado a ele na ideia. Exemplo, ‘Se há fumaça há fogo’.
Fenomenologia
O mundo Fenomenológico pode ser definido por meio de três segmentos: a capacidade de ver (primeiridade), a capacidade de coletar a incidência de determinado aspecto (secundidade) e a tomada deste aspecto como geral e pertinente a todo fenômeno (terceiridade).A Primeiridade está em torno da novidade, liberdade, frescor, pois não há nada anterior a ela. Simples em si mesma não possui referencias ou exemplos em mais nada, gerando o imediato com mera possibilidade de infinito sem compromisso com o passado ou futuro. A Secundidade é o presente, tem como definição a surpresado agora. A Terceiridade é um eterno tear de aprendizagem, pensamento e meditação. A continuidade compreende a primeira e a terceira categoria, uma vez que a secundidade está situada em um espaço destinado a particularidades e individualidades.
A Fenomenologia de Pierce ou ‘feneroscopia’, como ele preferiu chamá-la, é uma ciência ‘ocupada com elementosformais do fâneron’, o ‘total coletivo de tudo o que está, de qualquer modo, ou em qualquer sentido, presente à mente, sem consideração sobre se corresponde a algo real ou não’. (PIERCE, CP 1.284)
O fim último da Fenomenologia não é concluir nada, mas sim observar e constatar como a aparência dos fenômenos chega até nós. Dos escritos de Pierce apreende-se a ideia de que os universais não se limitam a trilhar um caminho de compreensão entre os termos e seus referentes, mas sim, sob um ponto de vista mais amplo, averiguar as possíveis relações entre o geral e o particular.